domingo, 6 de abril de 2008

[Acervo de Colunas] Balanço de 2007

Coluna do Gucesar: Balanço de 2007
Fórum Tabelando – 02/12/2007 – 09:37

Chega dezembro e o mundo da velocidade têm um recesso até o ano que vem. Momento propício para fazer um “balanço” de como foi o ano de 2007 no mundo da velocidade.

O melhor:


Kimi Raikkonen - Após ser 2 vezes vice campeão, chegar a ser considerado carta fora do baralho durante o ano e chegar na última etapa sendo franco atirador, o título dele prova que nunca se pode subestimar um piloto de ponta.


Ferrari – Começou o ano de 2007 sendo considerada a grande favorita para o título. Nas 4 primeiras provas, foram 3 vitórias. A Ferrari não mostrou nenhum sinal de abalamento interno quando a McLaren a superou em perfomance. No fim, provou que uma equipe unida, como ela estava, é sempre capaz de vencer. O ano de 2008 é uma grande incógnita: Têm o atual campeão mundial, mas perdeu Ross Brawn e Jean Todt se afastou das competições.


Lewis Hamilton – Fechamos por um momento os olhos para tudo que ocorreu fora das pistas na McLaren e nos concetremos no desempenho de Hamilton: Começou o ano com uma regularidade impressionante, se mostrou um piloto que soube não se afetar com confusões (Canadá e Japão) e passou boa parte de 2007 como 1º colocado no Mundial. No fim, acabou amarelando. Mas para um iniciante, sua temporada foi exepcional.


Nova safra da F1 – Lewis Hamilton quase campeão, Nico Rosberg sendo o melhor piloto da Williams, Sebastian Vettel líder de uma corrida com Toro Rosso, Adrian Sutil com boas perfomances na carroça mecânica da Spyker, Heikki Kovalainen chegando no fim do ano na frente de Fisichella ... Realmente, 2007 marcou o começo da nova geração da Fórmula 1. Olha que a geração da GP2, que têm Timo Glock, Luca Fillipi, Bruno Senna e compania vem aí.


Sebastian Bourdais e o tetra seguido da Champ Car – Porcamente noticiado no Brasil, o francês Sebastian Bourdais conseguiu algo que ninguém conseguiu nos Estados Unidos: O tetra campeonato seguido da Champ Car World Series. Ele quase perdeu o título, mas mesmo assim Bourdais sai dos EUA com 4 títulos, muitas vitórias e seu nome gravado na história do automobilismo americano.


Markus Winkelhock líder de Spyker – Sutil foi o melhor piloto da Spyker esse ano? Sim. Mas o maior destaque foi mesmo Markus Winkelhock, filho e sobrinho de ex-pilotos de Fórmula 1, que conseguiu liderar com uma Spyker o GP da Europa usando uma tática arriscada de pits. Detalhe histórico sobre os Winkelhock: O pai dele, Manfred, foi, junto com Stefan Bellof, o símbolo de uma geração de pilotos alemães perdida, já que eles morreram em acidentes fora da F1 (Bellof morreu em Spa após colidir com Jacky Ickx, Manfred Winkelhock morreu em Mosport. Ambos dirigiam esporte-protótipos).


BMW Sauber – A grande surpresa de 2007: Ninguém achou que ela evoluiria tanto a ponto de ter conseguido pódios. Para 2008, como a McLaren deve estar em um período de reformulação e a Ferrari é uma incógnita, pode até brigar por vitórias.


Michael Schumacher – O homem do maior número de títulos que a F1 já viu voltou após 1 ano fora das pistas para alguns testes em Barcelona sem o controle de tração e surpreendeu positivamente: Sempre esteve no 1º lugar nos dias que participou. Sem contar sua vitória no Desafio das Estrelas. Schumacher está confirmado no Race of Champions para correr juntamente com Sebastian Vettel.

O pior:


McLaren – Confusões com espionagem, brigas internas, tentativa de ganhar o título de 2007 no tapetão .... Internamente, Ron Dennis viu a McLaren sofrer seu pior ano interno desde a época Senna-Prost. Revelou uma faceta de Ron Dennis: Um chefe de equipe incapaz de lidar com egos internos sempre pendendo para um dos lados.


FIA – Mais um ano e eles se tornam destaque pelos seus erros: 1º foi o julgamento do escândalo de espionagem. Na 1ª vez, absolvem a McLaren. Na 2ª, quando era necessário uma punição severa, eles abrandam. Vários favorecimentos a Lewis Hamilton, decisões equivocadas e por aí vai. A FIA precisa urgentemente de uma nova geração de dirigentes livres dos vícios da geração atual.


Regulamento do WTCC – Pouca gente ouviu falar, mas a FIA têm um campeonato de turismo chamado WTCC, onde corre o brasileiro Augusto Farfus Jr. Esse ano, tudo parecia pender para o lado de Farfus: Estava na melhor montadora (BMW), começou o ano vencendo em casa (Curitiba), até que o regulamento começou a afetar ele. Primeiro é a regra do grid invertido para uma corrida de 50 km. No WTCC, têm 2 corridas: 1 mais longa e outra mais curta. Os 8 primeiros da corrida longa são invertidos no grid da corrida curta. Na corrida longa, a largada é lançada e na curta é parada. Além disso, a lei do lastro é rídicula: Você pune quem está vencendo! A única coisa boa do regulamento foi o calendário, correndo em ex-palcos da Fórmula 1.


Band – Explico o motivo da emissora estar aqui: O total descaso com os fãs da IRL. Não sou o maior defensor da categoria de Tony George, mas o que a Band fez com a transmissão da categoria foi um verdadeiro absurdo: Anunciaram que transmitiriam todas as corridas ao vivo pelo canal, mas transmitiram várias pela PlayTV (Que não pega em todo o Brasil), cortavam corridas ao meio para passar o Raul Gil, inclusive deixaram de passar a parte final das 500 milhas para passar o mesmo progama. Há torcida para que em 2008 a Band faça direito as transmissões.


Honda – A maior decepção de 2007: A Honda terminou 2006 crescendo, inclusive com uma vitória. Esse ano, criou o pior carro de Fórmula 1 do século XXI: O Honda RA107. O carro era tão ruim que até mesmo sua filial, a Super Aguri que tinha o bom carro de 2006 da Honda, a superou por várias corridas. Para 2008, a própia Honda promete um bom carro para seus pilotos. A contratação, surpreendente, de Ross Brawn mostra interesse da Honda em voltar a brigar por vitórias.


Renault – Esperava-se mais de uma equipe bicampeã mundial: O R27 demorou a se encontrar e, quando o fez, já estava bem atrás da BMW Sauber. Como provavelmente Alonso deve voltar em 2008, a Renault têm um bom panorama.


Giancarlo Fisichella – Pedeu a chance de sua vida: Sem Alonso e com um carro que não foi necessariamente um dos 3 melhores, podia finalmente mostrar que ainda pode ser campeão. Fez pior: Se afundou nos problemas do R27. Dificilmente conseguirá um cockpit para 2008.


Baixas do WRC – O mundial de rali da FIA sofreu 2 baixas de extrema importância: A morte do britânico Colin McRae, uma lenda da categoria, e a aposentadoria surpreendente do finlandês Marcus Grönholm, bi-campeão do WRC, deram um verdadeiro golpe no mundial.

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