sábado, 19 de abril de 2008

Champ Car/IRL - GP de Long Beach - Grid

1) Justin Wilson (ING/Newman Haas Lanigan), 1min06s902
2) Alex Tagliani (CAN/Walker), 1min07s084
3) Franck Perera (FRA/Conquest), 1min07s180
4) Will Power (AUS/KV), 1min07s205
5) Paul Tracy (CAN/Forsythe Pettit), 1min07s352
6) Franck Montagny (FRA/Forsythe Pettit), 1min07s360
7) Nelson Philippe (FRA/Minardi HVM), 1min07s415
8) Enrique Bernoldi (BRA/Conquest), 1min08s682
9) Graham Rahal (EUA/Newman Haas Lanigan), 1min07s703
10) Mario Dominguez (MEX/Pacific Coast), 1min07s745
11) Bruno Junqueira (BRA/Dale Coyne), 1min07s786
12) Oriol Servia (ESP/KV), 1min07s858
13) Jimmy Vasser (EUA/KV), 1min07s859
14) Ernesto Viso (VEN/HVM), 1min07s927
15) Antonio Pizzonia (BRA/Rocketsports), 1min08s463
16) Alex Figge (EUA/Pacific Coast), 1min08s489
17) Roberto Moreno (BRA/Minardi HVM), 1min08s549
18) David Martinez (MEX/Forsythe Pettit), 1min08s645
19) Mario Moraes (BRA/Dale Coyne), 1min09s279
20) Juho Annala (FIN/Rocketsports), 1min09s555

- Grande volta do Tagliani. Agora o sr. Derrick Walker deve estar se arrependendo de ter clamado pela "unificação".
- Franck Montagny fazendo bonito. Deve brigar pela vitória.
- Graham Rahal mostra como é fácil ir bem nos carros da IRL.
- Antônio Pizzonia sentiu a falta de treino com o DP01.

Meu pitaco: Justin Wilson, com Franck Montagny colado na traseira dele na linha de chegada.

domingo, 13 de abril de 2008

MotoGP - GP de Portugal

Uma corrida bem movimentada no começo que depois ficou morna. Assim que foi o Grande Prêmio de Portugal da MotoGP.

Na largada, Valentino Rossi conseguiu passar a frente de Jorge Lorenzo, porém viu Daniel Pedrosa tomar a ponta. Como a pista estava escorregadia por uns pingos de chuva, Rossi aproveitou sua experiência e tomou a ponta do espanhol da Repsol Honda.

A grande surpresa da 1ª volta foi o norte-americano John Hopkins, da Kawasaki, que pulou de 10º para 5º. O atual campeão Casey Stoner largou mal e teve de passar a corrida minimizando o prejuízo, chegando em 6º lugar. Outra surpresa foi o italiano Andrea Doviziozo, que apareceu em 4º lugar ao fim da 1ª volta.

Quando a corrida estava na metade, do nada Jorge Lorenzo saiu do 3º lugar e partiu para a 1ª posição, deixando Rossi em 2º. Logo depois, foi a vez de Pedrosa passar Vale. Depois, o penta campeão da categoria-mor apenas se conformou em manter o 3º lugar.

Ainda no meio da corrida, um fato curioso ocorreu: Andrea Doviziozo, do nada, caiu. A 4ª posição foi herdada por Nicky Hayden, que também caiu em seguida. Quem gostou foi Colin Edwards, conhecido como o "Raio do Deserto", que pulou do 6º para o 4º lugar.

No fim, Jorge Lorenzo venceu pela 1ª vez em Estoril, na MotoGP e chegou a liderança do campeonato, empatado com Daniel Pedrosa.

A próxima etapa é em Shanghai, China. Nessa pista, os Bridgestone devem começar a virar o jogo. Quem venceu ano passado foi Stoner, que corria de Bridgestone.

sábado, 12 de abril de 2008

MotoGP 08 - GP de Portugal - Grid de largada

Pos Rider Bike (T) Time Gap
1. Jorge Lorenzo Yamaha (M) 1:35.715
2. Dani Pedrosa Honda (M) 1:35.948 + 0.233
3. Valentino Rossi Yamaha (B) 1:36.199 + 0.484
4. Nicky Hayden Honda (M) 1:36.266 + 0.551
5. Colin Edwards Yamaha (M) 1:36.289 + 0.574
6. James Toseland Yamaha (M) 1:36.790 + 1.075
7. Andrea Dovizioso Honda (M) 1:36.998 + 1.283
8. Randy de Puniet Honda (M) 1:37.223 + 1.508
9. Casey Stoner Ducati (B) 1:37.253 + 1.538
10. John Hopkins Kawasaki (B) 1:37.346 + 1.631
11. Shinya Nakano Honda (B) 1:37.664 + 1.949
12. Loris Capirossi Suzuki (B) 1:37.786 + 2.071
13. Chris Vermeulen Suzuki (B) 1:37.843 + 2.128
14. Toni Elias Ducati (B) 1:38.561 + 2.846
15. Anthony West Kawasaki (B) 1:38.775 + 3.060
16. Alex de Angelis Honda (B) 1:38.823 + 3.108
17. Marco Melandri Ducati (B) 1:39.115 + 3.400
18. Sylvain Guintoli Ducati (B) 1:39.355 + 3.640

- Jorge Lorenzo até agora se mostra o Ryan Newman da MotoGP. Mas para ganhar terá de largar melhor e, possivelmente, segurar Rossi e as Hondas, que virão fungando para cima dele.
- Daniel Pedrosa fazendo um início de temporada excelente, principalmente porque ele correu as 2 primeiras etapas com a mão quebrada.
- Valentino Rossi errou ao escolher os Bridgestone: Do jeito que os Michelin dominaram, teria tido maiores chances de ter feito a pole se continuasse com os pneus franceses.
- Michelin dando um nocaute na Bridgestone hoje. A sova de 2007 acordou os franceses. (Rossi é o intruso)
- Mais um mal GP se origina pra Ducati: Com o único piloto que se entende com a GP8 (Stoner) com um 9º lugar, ele terá que vir com tudo, abrindo chances para um erro.

Pitaco: Rossi vence, segurando Lorenzo, Pedrosa, Stoner e Hayden.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

A última badalada da Champ Car



Nos dias 18, 19 e 20 de abril ocorrerá o final de semana mais bizarro do automobilismo: Uma mesma categoria correrá em 2 lugares diferentes.

A IRL (Conhecida como F-Indy) correrá no oval de Motegi com os times que já estavam lá antes da "unificação", junto com a Beck/Wellman, e no circuito de rua de Long Beach, onde correrão os times que vieram da Champ Car e outros times que eram da categoria.

A prova de Long Beach marcará o triste fim da Champ Car. A categoria começou oficialmente em 1979, quando a CART (Championship Auto Racing Teams) assumiu o controle da F-Indy da USAC. O campeonato vinha com um crescimento de popularidade até o bi-campeão de Fórmula 1 Emerson Fittipaldi vir para a Indy e ganhar o campeonato de 1989, abrindo as portas da Indy para os estrangeiros (O 2º não-americano campeão da Indy foi o inglês Nigel Mansell, em 1993). Depois do título de Emerson, a Indy começou a se internacionalizar, começando com uma prova nas ruas de Surfers Paradise (1991). Porém, em 1995, Tony George cumpriu as ameaças que começou a fazer em 1991 e criou a IRL, levando para ela as 500 Milhas.

Até 2001, a CART era a mais forte: Tinha os melhores times, os melhores pilotos, mais popularidade, mais corridas, etc. Porém em 2000 o futuro começou a ficar nebuloso, com a saída de Andrew Craig (Ex-presidente da categoria, sendo considerado um dos principais responsáveis pelo crescimento da categoria). 2000 o campeonato ainda ocorreu em paz. 2001, a malfadada 600 Milhas do Texas começou a fazer a CART cair.

2002 o campeonato já dava sinais da crise. 2003 a crise ficou mais aguda, obrigando a CART a declarar falência. A compra do espólio foi praticamente uma luta entre Tony George (Que queria apenas alguns contratos de pistas e times) e o OWRS (Open Wheel Racing Series, que se comprometeu a manter o campeonato vivo e pagar as dívidas da CART, o que fez os credores aceitarem a oferta do grupo).

No período de 2004 a 2006, a Champ Car conseguiu se recuperar, enquanto via a IRL perder terreno e encolher. Porém, a maior rival de ambas era a Nascar, que aboncanhava uma parcela considerável do mercado.

2007 prometia ser o grande ano da Champ Car: Haveria um novo chassi (O Panoz DP01), os planos de internacionalização foram readotados (Com provas na Bélgica e Holanda, sendo que a última foi um grande sucesso) e outros fatores faziam crer que a Champ Car se recuperaria. Porém, os custos com o novo chassi fizeram com que a categoria tivesse dificuldades em ter um número maior de carros do que 17.

No fim de 2007, uma proposta de Tony George para "unificar" ocorreu: Tony George ofereceu o pacote da IRL grátis para todas as equipes e adicionaria algumas provas do calendário da Champ Car no da IRL. A proposta não foi aceita e o assunto ficou quieto por algum tempo.

Porém, quando as categorias já tinham definido seus calendários e rumavam para a definição de seus grids, uma nova proposta de Tony George pela categoria ocorreu. Kevin Kalkoven, sócio-majoritário do OWRS (Trio formado por ele, Gerald Forsythe e Paul Gentilozzi) aceitou a proposta, ocorrendo a "unificação" (O que foi mais uma absorção da CC pela IRL). O racha entre o OWRS era tão grande que na reunião que anunciou o acordo, apenas Kevin Kalkoven foi.

Porém, nas 3 provas que Tony George prometeu adicionar, haveria um problema de datas entre o GP do Japão da IRL e o GP de Long Beach, que seriam no mesmo final de semana. A "solução" adotada foi que os 2 GPs ocorreriam, ambos valendo para o campeonato da IRL. No Japão, correriam os times da IRL e Long Beach apenas os times que vieram da CC e outros.

O que pode deixar mal a coisa para a IRL é que até agora 20 carros estão confirmados para o GP de Long Beach. Segue a lista:

#02. Graham Rahal
Newman-Haas-Lanigan Racing

#3. Paul Tracy
Forsythe Pettit Racing

#4. Nelson Philippe
Minardi / HVM Racing

#5. Oriol Serviá
KV Racing Technology

#06. Justin Wilson
Newman-Haas-Lanigan Racing

#7. Franck Montagny
Forsythe Pettit Racing

#8. Will Power
KV Racing Technology

#9. Antonio Pizzonia
Rocketsports Racing

#10. Juho Annala
Rocketsports Racing

#12. Jimmy Vasser
KV Racing Technology

#14. Roberto Pupo Moreno
Minardi / HVM Racing

#15. Alex Tagliani
Walker Racing

#18. Bruno Junqueira
Dale Coyne Racing

#19. Mário Moraes
Dale Coyne Racing

#29. Alex Figge
Pacific Coast Motorsports

#33. Ernesto Viso
HVM Racing

#34. Franck Perera
Conquest Racing

#36. Enrique Bernoldi
Conquest Racing

#37. David Martinez
Forsythe Pettit Racing

#96. Mario Dominguez
Pacific Coast Motorsports

Para a etapa do Japão, até agora estão confirmados apenas 18 carros.

A maioria dos ingressos para a prova de Long Beach já foram vendidos.

A corrida deve ser um sucesso, mas fará parte de um triste fim de uma grande categoria e do final de semana mais bizarro que o automobilismo já viu.

Créditos ao blog Saco de Gatos pela lista de pilotos confirmados.

domingo, 6 de abril de 2008

[Acervo de Colunas] Grandes começos

Coluna do Gucesar: Grandes começos
Fórum Tabelando - 02/04/2008 - 15:11

Após um tempo fora, estou de volta. Dessa vez para falar do começo das grandes categorias mundiais.

Primeiramente, a Fórmula 1. O GP da Austrália mostrou que as mudanças de regulamento, pelo menos para aquela etapa, surgiram efeito: Sem o controle de tração, vários erros foram vistos. Abandonos, ultrapassagens, erros toscos, saidas de pista: De tudo foi visto no GP australiano. Os grandes destaques foram Lewis Hamilton, Nico Rosberg, Sebastian Bourdais, Rubens Barrichello e a sorte colossal de Kimi Raikkonen (Errou de tudo quanto foi jeito e ainda conseguiu 1 ponto, vindo da desclassificação de Rubens Barrichello). A grande decepção foi, disparada, a Ferrari: Nada deu certo para a equipe. Kimi Raikkonen cometeu erros incomuns para ele, Felipe Massa errou e quando parecia que ia melhorar, o motor quebrou. Aliás, os outros 4 carros com motores Ferrari também não completaram a prova (Nota: Apenas 2 abandonaram por problemas relacionados ao motor).


A largada em Melbourne

Pena que no GP seguinte a Fórmula 1 viu mais um GP modorrento na Malásia, o que está praticamente virando tradição. De emocionante, apenas a largada, a linha de 3 entre Heidfeld, Alonso e Coulthard e só.

O mais marcante do começo de temporada foi o péssimo inicio dos pilotos brasileiros: Massa não conseguiu completar nenhuma prova mostrando que ainda não se adaptou a andar sem o controle de tração. Nelson Ângelo Piquet praticamente não foi visto em Melbourne, sendo que em Sepang conseguiu andar mais próximo dos tempos de Alonso, mas tendo problemas com o R28. E Rubens Barrichello viu em Melbourne como é ter a corrida jogada fora por causa de uma idiotice do regulamento: Em Melbourne, estava bem próximo de quebrar seu jejum de pontos (A última vez que Barrichello acabou entre os 8 foi no GP Brasil de 2006) e pela regra de que os boxes sempre devem ser fechados com a entrada do Safety Car, viu sua corrida indo para o lixo. Essa parte do regulamento precisa ser revista urgentemente porque, em GPs turbulentos como esse, fechar os boxes pode forçar pilotos a abandonarem por pane seca.

Outra categoria importante que começou em março foi a MotoGP, no Qatar, correndo pela 1ª vez a noite. A surpresa no qualifying foi o espanhol Jorge Lorenzo, da Yamaha, que marcou a pole position em sua estréia na categoria principal. Porém, ele largou mal e viu a liderança ser tomada pelo desafeto Daniel Pedrosa. Valentino Rossi tomou a liderança na volta 4 e chegou a imprimir um bom ritmo, porém foi ultrapassado pelo atual Casey Stoner, piloto da Ducati. Depois, o penta campeão da MotoGP foi gradativamente caíndo até acabar em um 5º lugar perdido na última volta para o estreante Andrea Doviziozo. Stoner venceu, seguido de Lorenzo e Pedrosa. Na corrida, ficou evidente que a Michelin conseguiu se aproximar da Bridgestone em termos de perfomance. (Pior para Rossi, que exigiu para si pneus Bridgestone, deixando Lorenzo com Michelin. Era visível que os Bridgestone do italiano perdiam rendimento a cada volta)

Nesse último final de semana, foi disputado o GP da Espanha, no circuito de Jerez. Jorge Lorenzo, apelidado de "Porfuera" por ser excelente na arte de ultrapassar pelo lado de fora, largou de novo da pole position. Porém, de novo na largada perdeu a liderança para o desafeto Daniel Pedrosa, que estava correndo pela 2ª corrida seguida com a mão machucada. Porém, o espanhol de 1,50m parecia estar 100%, pois abriu um ritmo que ninguém conseguiu atingir. Outro destaque da prova foi Valentino Rossi: Largando do 5º lugar, fechou a 1ª volta em 6º lugar, quando começou a ultrapassar todos até alcançar o 2º lugar na 9ª volta. Depois, Rossi não conseguiu se aproximar de Pedrosa e viu-se as voltas com Lorenzo, que chegou a andar mais rápido que Rossi, mas que depois perdeu rendimento. Rossi também protagonizou uma cena inusitada: Na última volta, do nada, ele desacelerou na reta e depois reacelerou, perdendo meio segundo de diferença para Lorenzo. Até agora, não se sabe se Rossi fez isso para provocar Lorenzo ou porque achou que a prova já tinha acabado.

O último destaque positivo do GP da Espanha foi o experientíssimo Loris Capirossi: Na última curva, o piloto da Suzuki se aproveitou da confusão e subiu do 7º para o 4º lugar.

A grande decepção do GP da Espanha foi Casey Stoner: Saiu sozinho da pista na 2ª volta, em uma tentativa frustada de ultrapassagem, e caiu para o último lugar. Depois, Stoner fazia uma corrida de recuperação até errar sozinho na 23ª volta (A prova teve 27 voltas) e se ver preso na 11ª posição. A péssima corrida de Stoner mostrou que a Ducati têm um sério problema: De seus 4 pilotos (2 correm pelo time oficial e 2 por um time-satélite), apenas Stoner consegue andar nas primeiras posições com a moto. Quando Stoner está em um mau dia, as coisas ficam complicadas para as motos italianas. O GP espanhol não foi tão emocionante: A partir da 10ª volta, as disputas ficaram restritas a corrida de recuperação de Stoner, a briga entre as 2 Yamahas e algumas brigas no pelotão intermediário.


O pódio do GP da Espanha: Rossi (2º), Pedrosa (1º) e Lorenzo (3º)

A Fórmula 1 volta a correr esse final de semana no Bahrein e a MotoGP volta dia 13 de abril em Portugal.

Até a próxima.

[Acervo de Colunas] Unificação?

Coluna do Gucesar: Unificação?
Fórum Tabelando - 19/02/08, 10:40 PM



Há um certo tempo, estourou na América uma proposta de Tony George por uma "unificação" entre Champ Car e IRL: Ele daria o equipamento técnico da IRL (Chassis Dallara e motores Honda) de graça a todos os times da Champ Car que se dispussesem a vir para lá. Em troca, o senhor que começou com esse besteirol colocaria 5 provas da Champ Car no calendário 2008 da IRL (Long Beach, Toronto, Edmonton, Cidade do México e Surfers Paradise). Muitos da imprensa americana falaram que isso era o que faltava para o open wheel americano voltar aos bons tempos. Porém, os mais atentos logo notaram que não se trata de uma proposta de unificação e sim de uma oferta de compra da IRL pela Champ Car (A Champ Car e a IRL têm pouco dinheiro).

Logo o tempo passou e mais algumas notícias de pouca relevância do ponto de vista da verdade surgiram, vários artigos criticando os donos da Champ Car (Kevin Kalkoven, Gerald Forsythe e Paul Gentillozi) por não aceitarem a proposta. Tudo não passa de uma estratégia da imprensa do meio-oeste americano, totalmente fiel a trupe de Tony George e raivosa em relação a Champ Car. Tudo porque os donos da Champ Car seguem um modo de automobilismo que eles consideram inaceitável: Focado em circuitos mistos, contra a maioria de ovais regente na IRL. Ainda entra nisso tudo um preconceito contra Kalkoven por ele ser australiano. Logo, a imprensa fez pressão de vários pontos para a proposta ser aceita.

Aí Robin Miller (Reconhecido "jornalista" fiel a Tony George e sua trupe) soltou a notícia de que amanhã a unificação será anunciada. Porém, NADA até agora foi divulgado do pacote técnico, categorias de base, etc. e tal.

Se for uma unificação para 2008, será uma unificação "à brasileira": Feita nas coxas, sem nenhum planejamento decente. E isso soterrará a Champ Car e seus ideais de ser uma categoria mundial (Diferente da IRL, que só corre no Japão por pressão da Honda, a Champ Car faz várias corridas fora dos EUA, com provas no Canadá, Bélgica, Holanda, Espanha, Austrália e México). Caso isso ocorra, não será uma unificação, e sim uma extensão da IRL. Para se ter uma idéia da divergência entre elas: Os chassis Dallara da IRL são todos antiquados, inseguros e com conceitos aerodinâmicos rídiculos (O downforce excessivo deles faz com que a pilotagem seja nivelada por baixo). Já os novos chassis Panoz da Champ Car são mais modernos (Obviamente, foram desenvolvidos ano passado com Roberto Moreno ao volante) e bem seguros (Não posso falar da aerodinâmica porque não conheço nada a respeito dela no DP01, mas deve ser melhor que o dos Dallara, já que alguns conceitos da F1, como o bico tubarão, foram copiados). No fim do ano passado, um teste ocorreu em Homestead entre a equipe PKV da Champ Car e a Andretti-Green da IRL. O Panoz DP01 da PKV foi, em média, 3 segundos mais rápido que os carros da Andretti Green.

Enqüanto o papo da unificação ocorria, as equipes da Champ Car aproveitavam para anunciar seus pilotos para a temporada 2008 (Caso ocorra): A Rocketsports, mesma equipe que já correu Antônio Pizzonia, anunciou o brasileiro Enrique Bernoldi. O brasileiro disse que preferiu a Champ Car por correr no que mais sabe: Circuitos mistos. Isso torna a Champ Car atrativa para pilotos que sairam das escolas européias ou da F1 e escolheram os EUA para tocarem suas carreiras. E a Conquest fechou com o francês Franck Perera. A Forsythe fechou com o ex-piloto de F1 Franck Montagny para ser o companheiro de equipe do interminável Paul Tracy. Justin Wilson pegou a vaga que era de Sebastian Bourdais na Newman Haas Lanigan. E o único brasileiro do ano passado, Bruno Junqueira, fechou com a Dale Coyne.

Voltando a unificação, se ela fosse bem feita, seria um verdadeiro bálsamo para o open wheel norte-americano. Mas esse tipo de unificação, feita nas coxas e com pressão desnecessária da imprensa, só vai aumentar a massa falimentar. (Mas que quero estar errado e que a unificação seja bem feita, ah, como quero.)

Boa leitura e até a próxima,

Gucesar

[Acervo de Colunas] 2008 promete!

Coluna do Gucesar: 2008 promete!
Fórum Tabelando - 19/01/2008 - 17:15

Após um (grande) atraso, a Coluna do Gucesar volta falando sobre a temporada 2008 da Fórmula 1.

Lançados os 1ºs carros de 2008, deu para perceber poucas mudanças nos carros da Ferrari, McLaren e Red Bull e mudanças moderadas na BMW.

A temporada 2008 chega com grandes expectativas sobre os pilotos: Pela 1ª vez, não há em nenhum time um piloto com ruindade técnica comprovada (Sem piadas sobre o Nakajima ou o Fisichella, por favor). As brigas nos times estarão acirradas. Na Ferrari, a equipe confirmou que não fará jogo de equipe enqüanto não for necessário: Uma ótima chance para Massa poder fazer um 2008 bem melhor que 2007. Na BMW, a interesantíssima dupla Heidfeld-Kubica deve brigar por vitórias. Na Renault, Alonso deve ficar a frente de Piquet Jr., mas por pouco. Na Williams, Nico Rosberg deve ficar bem a frente de Kazuki Nakajima, mas o japonês é bem melhor que o lendário pai dele. Na Red Bull, a dupla não é muito entusiasmante mas pode surpreender. Na Toyota, Trulli terá problemas para conter o jovem Glock.

Na Toro Rosso reside a dupla mais interessante de 2008: Sebastian Bourdais e Sebastian Vettel, se tiverem um carro de mediano pra bom em mãos, deverão dar um calorzão nos pilotos dos times grandes. Na Honda, Button e Barrichello partem para a 3ª temporada juntos numa Honda cercada de expectativas pela vinda de Ross Brawn. Na Aguri, Sato e Davidson formam uma dupla equilibrada. Na novata Force India, Fisichella pode ser o companheiro perfeito para Sutil: Com os ensinamentos de um piloto veterano, Sutil pode confirmar seu potencial. Na McLaren, Hamilton e Kovalainen formam uma dupla jovem e interessante.

Contando também com a vinda de novas praças ao calendário (Valencia e Cingapura), 2008 têm tudo para ser a melhor temporada do século.

Até a próxima,

Gucesar

[Acervo de Colunas] Balanço de 2007

Coluna do Gucesar: Balanço de 2007
Fórum Tabelando – 02/12/2007 – 09:37

Chega dezembro e o mundo da velocidade têm um recesso até o ano que vem. Momento propício para fazer um “balanço” de como foi o ano de 2007 no mundo da velocidade.

O melhor:


Kimi Raikkonen - Após ser 2 vezes vice campeão, chegar a ser considerado carta fora do baralho durante o ano e chegar na última etapa sendo franco atirador, o título dele prova que nunca se pode subestimar um piloto de ponta.


Ferrari – Começou o ano de 2007 sendo considerada a grande favorita para o título. Nas 4 primeiras provas, foram 3 vitórias. A Ferrari não mostrou nenhum sinal de abalamento interno quando a McLaren a superou em perfomance. No fim, provou que uma equipe unida, como ela estava, é sempre capaz de vencer. O ano de 2008 é uma grande incógnita: Têm o atual campeão mundial, mas perdeu Ross Brawn e Jean Todt se afastou das competições.


Lewis Hamilton – Fechamos por um momento os olhos para tudo que ocorreu fora das pistas na McLaren e nos concetremos no desempenho de Hamilton: Começou o ano com uma regularidade impressionante, se mostrou um piloto que soube não se afetar com confusões (Canadá e Japão) e passou boa parte de 2007 como 1º colocado no Mundial. No fim, acabou amarelando. Mas para um iniciante, sua temporada foi exepcional.


Nova safra da F1 – Lewis Hamilton quase campeão, Nico Rosberg sendo o melhor piloto da Williams, Sebastian Vettel líder de uma corrida com Toro Rosso, Adrian Sutil com boas perfomances na carroça mecânica da Spyker, Heikki Kovalainen chegando no fim do ano na frente de Fisichella ... Realmente, 2007 marcou o começo da nova geração da Fórmula 1. Olha que a geração da GP2, que têm Timo Glock, Luca Fillipi, Bruno Senna e compania vem aí.


Sebastian Bourdais e o tetra seguido da Champ Car – Porcamente noticiado no Brasil, o francês Sebastian Bourdais conseguiu algo que ninguém conseguiu nos Estados Unidos: O tetra campeonato seguido da Champ Car World Series. Ele quase perdeu o título, mas mesmo assim Bourdais sai dos EUA com 4 títulos, muitas vitórias e seu nome gravado na história do automobilismo americano.


Markus Winkelhock líder de Spyker – Sutil foi o melhor piloto da Spyker esse ano? Sim. Mas o maior destaque foi mesmo Markus Winkelhock, filho e sobrinho de ex-pilotos de Fórmula 1, que conseguiu liderar com uma Spyker o GP da Europa usando uma tática arriscada de pits. Detalhe histórico sobre os Winkelhock: O pai dele, Manfred, foi, junto com Stefan Bellof, o símbolo de uma geração de pilotos alemães perdida, já que eles morreram em acidentes fora da F1 (Bellof morreu em Spa após colidir com Jacky Ickx, Manfred Winkelhock morreu em Mosport. Ambos dirigiam esporte-protótipos).


BMW Sauber – A grande surpresa de 2007: Ninguém achou que ela evoluiria tanto a ponto de ter conseguido pódios. Para 2008, como a McLaren deve estar em um período de reformulação e a Ferrari é uma incógnita, pode até brigar por vitórias.


Michael Schumacher – O homem do maior número de títulos que a F1 já viu voltou após 1 ano fora das pistas para alguns testes em Barcelona sem o controle de tração e surpreendeu positivamente: Sempre esteve no 1º lugar nos dias que participou. Sem contar sua vitória no Desafio das Estrelas. Schumacher está confirmado no Race of Champions para correr juntamente com Sebastian Vettel.

O pior:


McLaren – Confusões com espionagem, brigas internas, tentativa de ganhar o título de 2007 no tapetão .... Internamente, Ron Dennis viu a McLaren sofrer seu pior ano interno desde a época Senna-Prost. Revelou uma faceta de Ron Dennis: Um chefe de equipe incapaz de lidar com egos internos sempre pendendo para um dos lados.


FIA – Mais um ano e eles se tornam destaque pelos seus erros: 1º foi o julgamento do escândalo de espionagem. Na 1ª vez, absolvem a McLaren. Na 2ª, quando era necessário uma punição severa, eles abrandam. Vários favorecimentos a Lewis Hamilton, decisões equivocadas e por aí vai. A FIA precisa urgentemente de uma nova geração de dirigentes livres dos vícios da geração atual.


Regulamento do WTCC – Pouca gente ouviu falar, mas a FIA têm um campeonato de turismo chamado WTCC, onde corre o brasileiro Augusto Farfus Jr. Esse ano, tudo parecia pender para o lado de Farfus: Estava na melhor montadora (BMW), começou o ano vencendo em casa (Curitiba), até que o regulamento começou a afetar ele. Primeiro é a regra do grid invertido para uma corrida de 50 km. No WTCC, têm 2 corridas: 1 mais longa e outra mais curta. Os 8 primeiros da corrida longa são invertidos no grid da corrida curta. Na corrida longa, a largada é lançada e na curta é parada. Além disso, a lei do lastro é rídicula: Você pune quem está vencendo! A única coisa boa do regulamento foi o calendário, correndo em ex-palcos da Fórmula 1.


Band – Explico o motivo da emissora estar aqui: O total descaso com os fãs da IRL. Não sou o maior defensor da categoria de Tony George, mas o que a Band fez com a transmissão da categoria foi um verdadeiro absurdo: Anunciaram que transmitiriam todas as corridas ao vivo pelo canal, mas transmitiram várias pela PlayTV (Que não pega em todo o Brasil), cortavam corridas ao meio para passar o Raul Gil, inclusive deixaram de passar a parte final das 500 milhas para passar o mesmo progama. Há torcida para que em 2008 a Band faça direito as transmissões.


Honda – A maior decepção de 2007: A Honda terminou 2006 crescendo, inclusive com uma vitória. Esse ano, criou o pior carro de Fórmula 1 do século XXI: O Honda RA107. O carro era tão ruim que até mesmo sua filial, a Super Aguri que tinha o bom carro de 2006 da Honda, a superou por várias corridas. Para 2008, a própia Honda promete um bom carro para seus pilotos. A contratação, surpreendente, de Ross Brawn mostra interesse da Honda em voltar a brigar por vitórias.


Renault – Esperava-se mais de uma equipe bicampeã mundial: O R27 demorou a se encontrar e, quando o fez, já estava bem atrás da BMW Sauber. Como provavelmente Alonso deve voltar em 2008, a Renault têm um bom panorama.


Giancarlo Fisichella – Pedeu a chance de sua vida: Sem Alonso e com um carro que não foi necessariamente um dos 3 melhores, podia finalmente mostrar que ainda pode ser campeão. Fez pior: Se afundou nos problemas do R27. Dificilmente conseguirá um cockpit para 2008.


Baixas do WRC – O mundial de rali da FIA sofreu 2 baixas de extrema importância: A morte do britânico Colin McRae, uma lenda da categoria, e a aposentadoria surpreendente do finlandês Marcus Grönholm, bi-campeão do WRC, deram um verdadeiro golpe no mundial.

[Acervo de Colunas] Kimi, finalmente Kimi

Coluna do Gucesar: Kimi, finalmente Kimi
Fórum Tabelando - 07/11/07 - 17:19

Um pouco atrasada, a coluna do Gucesar chega para comentar sofre o desfecho do mundial de Fórmula 1 2007, a situação de Alonso e dos cockpits para 2008.

Sobre a temporada 2007, Kimi Räikkönen ganhou seu 1º mundial de Fórmula 1 em circunstâncias que chegam a ser cômicas: Diferente de suas outras 2 tentativas (2003 e 2005), Kimi não tinha nenhuma aposta a seu favor. A McLaren chegou ao Brasil com expectativas de poder ganhar o campeonato, porque seriam utilizados os pneus super-macios. Para lembrete: Nas 3 corridas que esse pneu foi utilizado, a McLaren deu um banho na Ferrari: Monaco, Montreal e Hungaroring foram verdadeiros passeios das flechas de prata. Na classificação, a 1ª surpresa: A Ferrari mostrou ter alcançado o patamar da McLaren ao marcar a pole com Felipe Massa. Hamilton iria largar em 2º, fato muito comemorado por Galvão Bueno, dizendo que isso poderia ajudar Massa a ganhar na corrida. Na largada, Hamilton perde posições para Kimi Räikkönen (Na entrada do S do Senna) e Fernando Alonso (Entre a saída do S do Senna e a Curva do Sol). Até aí, Hamilton agiu bem: Andou apenas pensando em não acabar com sua corrida e suas chances de título. Na freada seguinte (Descida do Lago), Hamilton jogou tudo fora: Ao tentar passar Alonso, perdeu o controle de seu McLaren, saiu da pista e voltou em 8º. Hamilton chegou a passar Trulli na freada do S, mas logo depois Hamilton jogou sua corrida fora ao apertar o botão de deixar o carro em ponto morto e, assim, voltar em 18º. Uma sucessão de erros de estratégia da McLaren trataram de matar de vez as poucas chances de Hamilton ser campeão. Lá na frente, Alonso tratava de se manter na pista. Na 2ª sessão de pits, como esperado na situação, Kimi Räikkönen passou Massa e ganhou a corrida e seu 1º título de campeão mundial. Alonso mal conseguia segurar a felicidade ao ver seu mais novo desafeto, Hamilton, e a McLaren perderem um título praticamente ganho.

Passaram-se muitos dias, e a McLaren anunciou oficialmente a recisão de Alonso com a equipe. Sem imposições, Alonso pode escolher aonde correr. Das opções na época, a Williams (Menos provável) já anunciou Rosberg e Kazuki Nakajima para 2008 e a Toyota anunciou que negocia com o atual campeão da GP2, Timo Glock, para 2008. A opção mais provável deve ser a Renault. Nesse caso, Nelson Ângelo Piquet dança: Terá de ficar mais 1 ano na reserva da Renault ou terá de correr em outro time. Heikki também deve dançar caso Alonso vá, pois provavelmente Fisichella será o companheiro de Alonso na Renault.

Sobre os cockpits, Ferrari, BMW Sauber, Williams, Red Bull, Toro Rosso e Honda já definiram seus pilotos para a próxima temporada. A Toyota, se o caso Timo Glock acabar favorável a ela, também terá seu time definido. A Aguri provavelmente renovará com Anthony Davidson para 2008. Restam ainda as vagas na Renault, Force India (Ex-Spyker) e a de 2º piloto na McLaren para 2008. Quando Alonso definir aonde correrá, o ritmo de boatos cessará e os outros cockpits se definirão.

Até a próxima,

Gucesar

[Acervo de Colunas] TNT, pizza e soníferos

Coluna do Gucesar: TNT, pizza e soníferos
Fórum Tabelando - 01/10/2007 - 11:32

Após uma parada forçada, a coluna do Gucesar volta a ativa.

A F1 começou o mês de setembro vendo mais e mais denúncias sobre o Stepneygate: E-mails trocados entre Alonso e De la Rosa sobre as informações de Mike Coulgham, Alonso dizendo que entregou a McLaren, etc. No GP da Itália, a McLaren surpreendeu todos, andando sempre num ritmo bem melhor que o da Ferrari na própria casa dela. Alonso desbancou Hamilton e venceu o GP, que foi, como a grande maioria das corridas hoje em dia, chata. No GP da Bélgica, onde se esperava mais ação, foi um GP chato como sempre, tendo a Ferrari andando mais rápida que a McLaren e vencendo com Kimi Räikkönen. 3 dias antes, ocorreu o "GP de Paris": O julgamento final da McLaren sobre o Stepneygate. Infelizmente, tudo acabou numa pizza indigesta: A McLaren apenas perdeu os pontos do Mundial de Construtores desse ano e do ano que vem e levou uma multa de US$ 100 milhões (O que será descontado das premiações que a McLaren receberá, dando algo mais ou menos pela metade). Os pilotos foram anistisiados porque "colaboraram com as investigações". Nada mais rídiculo: Se descobriram que o carro da McLaren era irregular e ela foi considerada culpada, porque não a puniram? Infelizmente, os interesses de Bernie Ecclestone falaram mais alto e a pizza reinou, para desgosto de Max Mosley.

Pensaram que eu me esqueceria do GP do Japão? Não, pois esse merece um parágrafo em separado. Foi um GP como não se via a tempos. Quando deram a bandeira verde e a água subiu, o que se viu foi um GP incrível, contando até com uma inesperada liderança de Sebastian Vettel, até ele ser atacado por trás em SC por Mark Webber. A corrida foi coroada com um duelo antológico entre Massa e Kubica. Um duelo incrível.

Enqüanto isso, do outro lado do Atlântico .....

A Champ Car espera seu recesso acabar para o Grande Prêmio da Austrália, disputado sempre nas ruas de Surfer's Paradise. A categoria, assim como a IRL, está definhando, para felicidade da Nascar, que cada vez mais abocanha o mercado de fãs de corridas dos EUA. O problema é que ela periga a perder sua galinha de ovos de ouro: Uma categoria de americanos para americanos. A invasão de estrangeiros bons (Villeneuve já fez sua corrida de estréia em Talladega e Dario Franchitti irá estrear ano que vem) promete revelar que alguns pilotos que brigam por vitórias não estão em um bom nível. Dos que estão lá, um que eu aponto de primeira que continuará a brigar pelo título é Jeff Gordon.

Espero que gostem,

Gucesar

[Acervo de Colunas] Rumores

Coluna do Gucesar: Rumores
Fórum Tabelando - 08/08/2007 - 15:04

Depois de um tempo ausente, a "Coluna do Gucesar" volta no mês de agosto.

O circo da Fórmula 1 ultimamente têm sido nitroglicerina pura. Tudo começou com o estouro do caso "Stepney-Gate", o qual todos sabem. A FIA apressou demais a sentença e a McLaren, equipe cujo projetista-chefe (Mike Coulgham) recebeu um dossiê de 700 páginas sobre o F2007, saiu impune. O caso ainda corre na Justiça comum, mas um cheiro de pizza de calabresa ficou no ar.

O GP de Hungria apenas confirmou que a McLaren vive o momento interno mais delicado de sua história. Fernando Alonso está claramente insastifeito com o suposto tratamento privilegiado ao inglês Lewis Hamilton. O espanhol cogita até sair da McLaren para a temporada que vem. Ron Dennis têm uma batata quente em suas mãos: Dispensar Alonso, atual bi-campeão mundial porém de comportamento que chega a ser infantil em alguns casos, ou Lewis Hamilton, piloto apadrinhado pelo própio Dennis mas que desrespeitou o suspoto esquema da McLaren, inclusive mandando Dennis se f****. Isso constrata com o ressurgimento da Ferrari, que venceu o GP de Inglaterra de forma soberba com Kimi Räikkönen. E Felipe Massa cada vez mais ruma para a 4ª colocação, após 3 grandes prêmios seguidos de problemas: Na Inglaterra, largou dos boxes e terminou em 5º. Em Nürbugring, Alonso saiu com o carro mais acertado no fim e o passou e depois Alonso mostrou seu lado mau-cárater. E na Hungria, após apanhar feito mulher de malandro do carro na 2ª classificação, teve de largar em 14º e fez uma péssima corrida, perdendo posições e depois não as recuperando. A menos que a Ferrari realmente esteja melhor em Instanbul, Monza, Spa e Shanghai e Massa melhor que Kimi, Massa terá que se concentrar em 2008. Se fosse o Rubinho nessa situação, ele já teria dado muitas desculpas. Por falar nele, Rubinho vive o pior momento de sua carreira sem ter culpa nenhuma disso. O carro da Honda é a maior decepção de 2007. Lembra-se muito o Lotus 100T: Um carro que prometia brigar pelo título, mas foi uma decepção. Com contrato para 2008, talvez Rubens termine a carreira como merece: Com alguma decência.

E a Champ Car em San Jose viu 2 coisas que não se veem normalmente: O inglês Justin Wilson, após ter tido sua corrida jogada fora sem culpa, Justin preferiu correr até o fim, mesmo 20 voltas atrás dos líderes, apenas para ver se ele conseguiria recuperar alguma coisa. E Robert Doornbos, após uma parada inesperada e uma bandeira amarela na hora errada, conseguiu vencer ao passar na pista Neel Jani tendo usado o último shot de push-to-pass (Botão que dá ao carro 50 cv extras para ultrapassar) para o passar e segurar o jovem suíço. E Bruno Junqueira, após ter largado em 10º, acabou no lucro: 7º lugar para a Dale Coyne.

Ah, para o título da coluna, me inspirei no disco "Rumors", do Fletwood Mac, que na época do lançamento vivia, assim como a McLaren hoje, o sucesso profissional e internamente o pior momento da carreira, que os fizeram acabar com a banda.

Boa leitura a todos e até a próxima,

Gucesar

[Acervo de Colunas] Mês dos ressurgimentos

Coluna do Gucesar: Mês dos ressurgimentos
Fórum Tabelando - 01/07/2007 - 16:57

Mais um mês se passa e chegamos no dia 1º do mês. Mês da minha coluna.

No GP do Canadá, vimos uma corrida como a tempos não se via: Batidas violentissimas, ultrapassagens, safety car, erros bobos. Uma corrida incrível e coroou o inglês Lewis Hamilton com sua 1ª vitória. A corrida ficou marcada também pelo grave acidente do polonês Robert Kubica. Não vi culpa de Jarno Trulli no acidente: Foi uma briga normal, Trulli fechou a porta. O que não foi normal foi Kubica ter saído tão forte e acertar em cheio o muro. Graças a célula de sobrevivência do carro, o polonês sobreviveu (Apesar de ter gente que acha que foi graças a João Paulo II, o último papa). No demais, Lewis Hamilton foi perfeito: Uma corrida impecável, nunca sendo afetado pelo safety car. Hamilton estava merecendo sua 1ª vitória e veio em um GP caotico. As surpresas foram os pódios de Nick Heidfeld e Alex Wurz. Heidfeld apesar de estar sendo apontado como a surpresa da temporada não era esperado no 2º lugar e Wurz, bem, sem comentários: O austríaco deu sua resposta nesse GP, fazendo o que Nico Rosberg ainda não fez. Acho infundados os boatos que a Globo insiste em falar de que Kovalainen iria para a Williams e Piquet Jr. para o lugar de Kova na Renault. Wurz deve ser o piloto que mais contribui para o desenvolvimento do FW29 e mr. Williams não iria fazer essa besteira.

Depois veio o GP dos Estados Unidos: Hamilton de novo venceu, dessa vez 2 vezes sendo ameaçando por Alonso, mas resistindo a pressão. O inglês foi tão bem que forçou Alonso a fritar várias vezes a roda. E, nesses 2 GPs na América, a McLaren deixou com vantagem a Ferrari para trás: No Canadá, ainda acho que foi por causa dos pneus super-macios, no qual o F2007 e o composto não se acertaram. Nos Estados Unidos, foi pura superiordade do time de Woking. Destaque para a pressão de Kimi nas últimas voltas em cima de Massa, quase o ultrapassando, mostrando que está vivo.

Hoje foi o GP da França. Diferente de sua tradição, o GP de hoje foi bom: Sempre com algo para ficar vendo atentamente, como a corrida de recuperação de Alonso: Traído pela falta de pontos de ultrapassgens, Alonso tentou de tudo quanto foi jeito passar Heidfeld em pontos não utilizados e o mais utilizado. Acabou o passando numa manobra duvidosa, fazendo Heidfeld usar a área de escape. Esse GP marcou o ressurgimento ferrarista: As 2 Ferrari dominaram a corrida de ponta a ponta, vencida por Kimi Räikkönen num momento de sorte: Massa saiu dos pits com retardátarios a frente, Kimi fez uma parada boa e voltou a frente. Uma vitória que marcou o ressurgimento de Kimi como bom piloto.

Em geral, esse mês foi o mês dos ressurgimentos: Ressurgimento da competitivdade da F-1 com os GPs disputados, ressurgimento de Kimi Räikkönen, ressurgimento da Ferrari. Foram muitos ressurgimentos.

Houve também a GP2 em Magny Cours com a largada idiota dos pilotos da iSport: Andreas Zuber largou cantando pneus e tirou ele e Timo Glock, seu companheiro de corrida, da prova. A culpa foi mais de Zuber do que Glock pela largada imprudente. Glock também errou, mas foi o menos culpado. Depois o seríssimo acidente de Ernesto Viso: Ele teve concussão, traumatismo craniano e quebra de um braço. O acidente foi uma fatalidade. Ainda bem que Viso está vivo. Depois a corrida transcorreu bem, apesar dos erros que quase causaram acidentes e o erro de Bruno Senna ao tentar passar Pastor Maldonado.

Até a próxima,

Gucesar

[Acervo de Colunas] Admirável Fórmula 1 Nova

Coluna do Gucesar: Admirável Fórmula 1 Nova
Fórum Tabelando - 01/06/2007 - 13:59

Chegamos mais uma vez a edição mensal da coluna do Gucesar. Dessa vez, sobre os possíveis rumos da Fórmula 1. Vamos a eles:

O GP de Monaco desse ano foi, sem sombra de dúvida, o GP mais chato do ano. A única chance que teriamos de ver alguma ultrapassagem arrojada seria a St. Devote na largada, mas o bom trabalho de escudeiro feito por Hamilton garantiu o 1-2 da McLaren em Monaco. Nada de pilotos arriscando, somente os pilotos ruins demais batendo (Liuzzi e Sutil, o último têm perspectiva de melhora), e 2 pilotos que começaram a enterrar suas covas: Kimi Räikkönen ruma para ser 2º piloto da Ferrari e Ralf Schumacher ruma para um fim de carreira na F-1 breve (O ultra-confiável Bild dá como certa a saída do irmão do Schummy após o GP dos Estados Unidos).

Penso eu que, se a F-1 continuar nesse rumo, teremos mais corridas chatas desse tipo, principalmente pelas idéias malucas e sonhos idiotas de Max Mosley e Bernie Ecclestone: Mais corridas de rua, monomarca em vários pontos importantes dos carros (Como a ECU, que será distribuída em 2008 ou 2009 pela Windows McLaren Eletronic System), e, entrando na parte dos sonhos idiotas, padronização da aerodinâmica, um único fabricante de chassi (Sim, eles falaram isso), irrigação artificial das pistas, controle de estabilidade para os carros e mais outras. A única idéia útil que eles tiveram foi a saída do controle de tração para o ano de 2008. As coisas infelizmente rumam cada vez mais para a Fórmula 1 virar Fórmula Procissão.

No outro GP do mês, na Espanha, vimos um duelo que não se via na F-1 a algum tempo: 2 bons pilotos arriscando tudo em uma largada: Massa e Alonso disputaram a 1ª curva e o espanhol, em seu país, levou a pior. Além disso, houveram vários abandonos (Incomuns para a Catalunha) movimentaram a corrida.



Faltou falar da Indy 500: A corrida em bandeira verde e sem interferências externas, foi boa, com várias ultrapassagens, e os carros o tempo todo em ritmo intenso (Graças ao fim do regulador de consumo de combustível que estava no volante dos carros. Com esse regulador, os pilotos podiam medir quando etanol entrava nos motores). Mas, a medida que a 1ª pancada de chuva se aproximava, houve uma bandeira amarela com Marco Andretti, filho de Michael Andretti (Campeão da IndyCar Series 91 e muito popular por lá) e neto de Mario Andretti (O único campeão de F-1 americano), estava na frente. Os fiscais prolongaram a bandeira amarela até quando deu. Quando deram, o brasileiro Tony Kanaan conseguiu assumir a liderança. Depois da 1ª interrupção, não vi mais nada da corrida. Quem ganhou foi Dario "Narigon" Franchitti.

Espero que gostem. Até a próxima.

[Acervo de Colunas] Massa, Massa

Coluna do Gucesar: Massa, Massa
Fórum Tabelando - 01/05/2007 - 16:06

Pois é, é dia do trabalho e eu, em vez de descansar, resolvo fazer a coluna.

Hoje, irei tratar de 3 partes diferentes. O 1º é a Fórmula 1. Em 1 semana, Felipe Massa pulou do fundo do poço para o topo do monte. Após a fracassada tentativa de passagem sobre Lewis Hamilton, Massa recebeu xingamentos de todos os lados, e vários decretos que não lutaria pelo título. Aí ele no GP do Bahrein pilota demais, vence de ponta a ponta, lembrando sua vitória no GP Brasil, e agora todos passam a falar de novo que ele lutará pelo título. Como eu acompanho a Fórmula 1, e não sou um torcedor da sessão padaria, posso afirmar que Massa repitiu o começo de temporada de 2006 com 2 erros em 3 corridas. Em 2006, seu 1º ano pela Ferrari, Massa errou no Bahrein ao tentar passar Alonso e na Austrália ao bater na 1ª curva. Esse ano ele errou na Austrália (Ficar tempo demais atrás da Honda) e na Malásia, o erro mais conhecido. Agora, a verdade será revelada no GP da Espanha, onde é possível que não vejamos a corrida inteira graças a uma missa do Papa. Nada contra ele, mas ele não podia deixar pra mais tarde a missa dele? Se a Globo passar o GP inteiro, nunca mais na minha vida reclamo do GP da Espanha.

A 2ª parte é a da Champ Car World Series, que começou esse mês com uma grata surpresa: As boas atuações do piloto australiano Will Power (Team Australia, ex-Walker), que venceu em Las Vegas (Não foi no estacionamento do Ceaser's Palace) e o pódio em Long Beach. A corrida na capital do jogo foi louca: Vários pilotos lideraram, houveram acidentes idiotas (Como o de Graham Rahal) e a Minardi chegou no pódio. Você não está louco: A Minardi foi ao pódio, com o holandês Robert Doornbos. E repitiu a dose em Houston. As outras 2 corridas o de sempre: Sebastian Bourdais, o Schumacher da categoria venceu, após um estranho acidente em Vegas. O nosso único representante, o mineiro Bruno Junqueira, têm colhido excelentes resultados pela Dale Coyne Racing, que têm a fama de Minardi dos USA.


Sebastian Bourdais vencendo em Houston: Uma cena costumeira na Champ Car

O 3º é a Stock Car V8. Esse será de poucas linhas. Eu sinto um misto de alegria e tristeza pela categoria. Alegria porque é bom ver uma categoria nacional forte. Tristeza porque eles estão matando o futuro do Brasil nos monopostos. O dia que a Globo se cansar deles, ela voltará pro anonimato. Espero que seja breve.

Até a próxima,

Gucesar

[Acervo de Colunas] Primeiras impressões de Melbourne

Coluna do Gucesar: Primeiras impressões de Melbourne
Fórum Tabelando - 02/04/2007 - 14:51

Depois de acompanhar com uma grande atenção (Tirando as voltas finais) o GP da Austrália e dias pensando, chego a coluna deste mês.

A primeira impressão é que a Ferrari construiu o melhor carro, mas o motor sofre de um mal crônico. E isto tudo se originou antes do GP da China de 2006: Para adequar o 056 ao limite de peso e pensando no congelamento de motores até 2010, a Ferrari modificou o motor para adequa-lo. Com certeza, eles erraram a mão: Neste mesmo GP, o motor de Felipe Massa falhou e ele foi obrigado a troca-lo. No Japão, foi diagnosticado na sexta-feira que o motor do carro do Schumacher que algumas válvulas estavam ficando mais gastas, que poderia ocorrer uma explosão. Vimos no que deu. No GP Brasil, a bomba de combustível quebrou, o obrigando a largar de 10º. No GP da Austrália, o câmbio de Felipe Massa quebrou, mas o própio admitiu que o motor já havia apresentado problemas, sendo necessária a troca. (Eu li isso em algum lugar, mas não lembro onde). Agora na Malásia é possível de que o motor do carro de Kimi Räikkönen seja trocado.

A segunda é que certos aspectos do regulamento precisam ser revistos urgentemente, com essa de que o trocar o motor da classificação para a corrida acarreta na perca de 10 posições. Felipe Massa, antes de começar o GP da Austrália, falou que trocaram o motor já pensando no GP da Malásia, já que o motor que ele tinha teria de ser usado lá, que é reconhecidamente um dos circuitos onde se têm maiores chances do motor quebrar.


Lewis Hamilton voando após beslicar a zebra e a grama
Fonte: Motorsport.com: Photos Channel


O bom desempenho da Williams impressionou, mas nas mãos de Nico Rosberg, já que Wurz fazia uma corrida normal, sofrendo com a falta de ritmo de corrida, até sofrer uma tentativa suicida de ultrapassagem de David Coulthard. Espera-se mais de Rosberg, já que ano passado o fraco FW28 o fez marcar 4 pontos, a despeito da brilhante corrida no Bahrein. Dos 2 estreantes mais observados da corrida (Lewis Hamilton e Heikki Kovalainen), Hamilton impressionou positivamente e Kova negativamente: Enqüanto o inglês da McLaren conseguiu logo um pódio, Heikki cometeu inúmeros erros, provavelmente devido a falta de ritmo de corrida. Isso rendeu críticas públicas de Flavio Briatore, seu criador.

Já o GP acabou sendo chato, mas já tenho boas notícias: É bem capaz que chova na Malásia.

Até a próxima, pessoal!

[Acervo de Colunas] O filme de horror no open wheel americano

Coluna do Gucesar: O filme de horror no open wheel americano
Fórum Tabelando - 02/03/2007 - 12:05

Os que pensavam que iria falar sobre os testes na Fórmula 1, infelizmente se enganaram. Dessa vez, a coluna tratará de um assunto complicado: O filme de horror que virou o Open Wheel (Monopostos) americano.


Jacques Villeneuve e seu Reynard-Ford-Goodyear campeão da Indy 500 de 1995: A última Indy 500 verdadeira. Bons tempos ...

Para começar, precisamos ir ao longíquo ano de 1996. Mais precisamente no dia 26 de maio, onde tudo começou. Na época, a Champ Car World Series e a Indy Racing League eram uma só: A IndyCar Series. A categoria vivia o auge: Repleta de pilotos talentosos, como Jimmy Vasser, Émerson Fittipaldi, Al Unser Jr., Bobby Rahal e Michael Andretti, por exemplo, os motores mais potentes que os Fórmula 1, devido a batalha entre montadoras como Ford, Honda, Mercedes Benz (Ela mandava os motores Ilmor). Nesse mesmo ano, a IndyCar havia chegado ao Brasil, numa prova vencida pelo piloto André Ribeiro, pela Tasman (Lola-Honda-Firestone). Estava tomando o lugar da Fórmula 1, num hiato causado pela morte de Ayrton Senna e com poucos talentos. Mas Tony George, dono do Inidanapolis Motor Speedway, estava ficando com inveja por causa que a Indy 500 cada vez perdia importância. Tanto que ele criou a IRL, categoria dissendente, e levou consigo a Indy 500 e o nome Indy. As 2 corridas foram um fiasco: A corrida em Michigan (US 500) foi marcada por um acidente incrível e a Indy 500, bem, foi disputada por carros bem piores que os Champ Cars da época e com pilotos como Elizeo Salazar (Sim, esse mesmo). Em 97, a maioria dos pilotos decidiu ficar na Champ Car, na época chamada de CART (Championship Auto Racing Teams) enquanto a IRL vivia na obscuridade. Mas um evento ia mudar tudo:


Maurício Gugelmin bate forte o Reynard-Toyota-Firestone da PacWest na curva 2 do Texas Motor Speedway: O começo da queda ...

Em 2000, o inglês Andrew Craig, que havia tornado a CART forte no cenário mundial, sofreu uma demissão por interesses obscuros. No lugar dele, o ex-piloto e atual chefe de equipe da Rahal-Letterman Bobby Rahal assumiu o lugar interinamente. Ele montou o calendário de 2001 com provas no México (Monterrey), Europa (Lauzits na Alemanha e Rocikngham na Inglaterra) e 1 prova no oval do Texas Motor Speedway, a época era reduto da Nascar e IRL. Um teste do sueco Kenny Brack no TMS, o circuito foi aprovado e o evento estava confirmado como a "Firestone Firehawk 600 present by Pionner". Durante os treinos, Maurício Gugelmin sofreu um acidente seríssimo, sendo socorrido pela equipe médica da CART/Champ Car. Ele alegou uma estranha tontura na curva 2. Vários pilotos também a alegavam. Os médicos logo diagnosticaram o problema: O oval do Texas tinha retas curtas e curvas longas e inclinadas (45% do percuso a inclinação era de 37º. Uma curva tinha quase 43º de inclinação!). Como os carros viravam muito rápido, o sangue do piloto não voltava ao normal. Imaginem o sacríficio do piloto fazer 20 voltas a 250 milhas por hora. Com um grid de 29 carros, um acidente seríssimo seria muito provável. Várias tentativas de fazer a corrida ocorrer foram feitas:

- Mexer na regulagem do turbo dos motores
- Dar bandeira amarela a cada 20 voltas para o sangue voltar ao normal na cabeça do piloto
- Mexer nas asas

Infelizmente, nada funcionou e a CART teve de cancelar a etapa. Vários fãs que foram a corrida fcaram irritados e decepcionados. Em 2001, por insatisfação ao calendário, a Penske saiu, levando o brasileiro Gil de Ferran, campeão dos campeonatos de 2000 e 2001. Em 2002, Green e Chip Ganassi seguriam o mesmo caminho. Fim de 2003, Rahal, Patrick e Fernandez também se foram. Nesse período, vários anunciantes e fãs perderam o interesse, apesar do belo trabalho de Chris Pook para manter a categoria viva. Nessa hora as facetas dos pilotos foram reveladas: Gente como Paul Tracy e Jimmy Vasser permaneçeram fieis a categoria que os fizeram famosos. Já Michael Andretti não hesitou em sair da CC, mesmo sabendo que teria cockpit em qualquer time. No fim de 2003, a etapa de Fontana foi cancelada devido a incendios em florestas próximas. Nesse ano, o grupo CART e a CART faliram. 1 pessoa e 1 grupo se interessaram pelo espólio:

- Tony George, na época presidente da IRL, que queria apenas os contratos de Long Beach, pistas canadenses e mexicanas
- O grupo Open Wheel Racing Series, formado por 3 chefes de equipe: Kevin Kalkoven (PKV), Gerald Forsythe (Forsythe) e Paul Gentizzoli (Rocketsports)

O grupo OWRS vençeu a disputa pelo espólio e manteve a Champ Car viva. Durante o período de derrocada da Champ Car, a IRL viva os 15 minutos de fama. Porém em 2006 a categoria caiu: A morte de Paul Dana, a falta de público, os vários carros destruídos em ovais estão fazendo Tony George acabar com a identidade da IRL, colocando mais provas em circuitos mistos. A vilã agora é a Nascar, que têm audiência e qualidade (Segundo os americanos mazoquistas), levando todos os patrocinadores para lá. Infelizmente, esse ano, as 2 categorias vivem um filme de horror: A CC ainda não têm o grid definido, com várias equipes com problemas financeiros. A IRL vive o dilema de apostar em um mercado dominado por outra categoria. Se nada for feito, o open wheel americano tende a virar algo insignificante e sumir. Pode ser que algum milagre ocorra e a Nascar perca prestígio, fãs, equipes e patrocinadores, mas no cenário atual é rezar e torcer por um milagre. O importante é não perder a fé. Se a Champ Car com o novo Panoz DP01 virar um sucesso para concorrer contra a Nascar, talvez o Open Wheel americano possa voltar a ser atrativo para possíveis investimentos. Tudo pode começar no dia 8 de abril, quando a Champ Car largar para o Vegas Grand Prix, nas ruas da "capital do jogo".

[Acervo de Colunas] Os "esquemas" Renault, BMW e Red Bull

Coluna do Gucesar: Os "esquemas" Renault, BMW e Red Bull
Fórum Tabelando - 01/02/2007 - 20:22

Chego a 4ª edição falando de uma coisa que com certeza garantirá vida longa as 3 equipes citadas no texto: Um esquema. Grande.

Primeiramente, não é o esquema que os jornailstas oportunistas de plantão falam da Ferrari com a Bridgestone. Se fala dos esquemas das categorias de base da Renault, BMW e Red Bull. Com eles, elas não precisam gastar dinheiro ou mesmo procurar pilotos pagantes, garantindo uma sobrevivência na F-1. A Red Bull, para se concentrar no time A, criou uma filial sua: A Toro Rosso, que mandará os jovens pilotos patrocinados pela marca para se habiutarem na Fórmula 1 enqüanto a Red Bull mesmo têm pilotos competentes, com David Coulthard.


Lucas Di Grassi, piloto brasileiro do progama de desenvolvimento de pilotos da Renault

O progama mais eficaz é o da Renault: A montadora francesa passa a gerenciar a carreira do piloto, o mandando para uma categoria de base, de prefêrencia uma com a Renault envolvida (GP2, World Series, F-Renault). O da BMW acaba por ter um fator insólito: Os pilotos das F-BMW espalhadas no mundo (4), disputam uma final e o melhor ganha um dia de testes com a equipe da BMW na F-1. Vai que não se descobre um futuro campeão mundial? E além disso, ela resgasta pilotos alemães que pareciam estar destinados a sair da F-1, como Timo Glock. O da Red Bull são os pilotos patrocinados pela marca. Isso acaba gerando um benefício para as equipes que os contratam: Na GP2, a equipe que contar com um piloto Red Bull ganha o patrocínio da marca. Por esses "esquemas", elas com certeza terão vida longa na F-1.

F-1 World

Mais uma novidade: A partir dessa edição, a Coluna do Gucesar ganha o upgrade do F-1 World, o que ocorre na F-1.

- Felipe Massa já vem desapontando os que esperavam que ele fosse 2º piloto da Ferrari: Foi o 1º a testar o F2007, que, pelos pilotos, é melhor que o antigo 248F1. É impossível falar algo dos testes em Valencia, já que somente o GP da Austrália irá falar a verdade sobre os pilotos.

- Na época do lançamento dos novos carros, o carro que mais achei atrasado em aerdinâmica é a McLaren: Talvez pelo carro ser descendente dos carros Adrian Newey, seja díficil botar asinhas nele.

- E a Red Bull finalmente com um carro 100% Adrian Newey: Parece uma McLaren, mas veremos se evoluída ou não. Sei não, um chassi Adrian Newey com motor Renault é um par respeitável.

Até a próxima,

Gucesar

[Acervo de Colunas] Brasil na F-1 em 2020?

Coluna do Gucesar: Brasil na F1 em 2020?
Fórum Tabelando - 26/12/06 - 19:32

Para felicidade geral, decidi antecipar a coluna de janeiro 2007 devido a celebração do ano novo. Agora sim chegaremos ao ponto da coluna: O futuro do Brasil na F1.

A pergunta ficou para todos pensarem: Será que o Brasil conseguirá estar na F1 em 2020, sem contar corrida, etc. e tal? O kart no Brasil está morto: Ele está caro e os pilotos não são de boa qualidade. E ainda temos que não temos categorias de base do tipo fórmula confirmada no Brasil para 2007 e um futuro próximo: A Renault do Brasil tirou o Speedshow que incluía a F-Renault e a Copa Clio. Tudo graças a Stock Car, que monopolizou os investimentos no automobilismo nacional e tirou o foco da categoria fórmula e que ainda em televisionamento perdem da F-Truck. As últimas esperanças do Brasil são Nélson Ângelo Piquet, Bruno Senna, Lucas Di Grassi, Sérgio Jimenez e a geração revelada pela F-3 Sul Americana 2006, que incluí Luiz Raia.


Carro da F-Renault
Fonte: Eagora.com.br


A menos que ocorra que algum piloto do kart consiga ir direto para a F-3 Sul Americana, o único jeito dos pilotos brasileiros chegarem na F-1 seria fazendo toda sua carreira na Europa nos Estados Unidos. Senão, iremos para o beco sem saída que é o mundo das corridas em carro de turismo onde os 2 maiores destinos não são lá muito benefícos: A Nascar (Onde dificilmente algum estrangeiro brilha, a menos que Montoya me faça queimar a língua) e o FIA World Turing Car Championship (Sem muita cobertura no Brasil, apesar da corrida em Curitiba). Faço essa coluna com receio do futuro do Brasil nos monopostos e ao som de "Morning Glory", do Oasis.

[Acervo de Colunas] Fim das Equipes Pequenas?

Coluna do Gucesar: Fim das equipes pequenas?
Fórum Tabelando - 1/12/2006 - 10:16 AM

Antes de chegar ao polêmico foco desta coluna, gostaria de esclarecer que esta coluna será mensal. Todo mês haverá uma nova edição dela.

Agora sim ao foco: O fim das equipes pequenas. É o seguinte: As equipes peqeunas estão perdendo seu foco.Em vez de revelar novos talentos, o que seria seu comum (Nelson Piquet - Ensign, Ayrton Senna - Toleman, Michael Schumacher - Jordan, Fernando Alonso - Minardi), elas estão colocando os populares pilotos pagantes, os pilotos que pagam para ter seu lugarzinho na F1 (Exemplos: Alex Yoong - Minardi 2002, Pedro Paulo Diniz durante sua carreira, todas as duplas da Minardi desde 2004, Ralph Firman - Jordan 2003, Christian Klien - Jaguar 2004).


Ayrton Senna e seu Toleman-Hart no GP de Monaco de 1984
Fonte:Autosport


Isso vem, além de inibir a entrada de promissores pilotos, diminuindo a qualidade da F-1.Apesar dos bons pilotos nas equipes de ponta, nunca se duvida que um dos pilotos pagantes lá de trás cause alguma besteira. Se nada for feito, infelizmente a única saída poderá ser a extinção destas equipes.

[Acervo de Colunas] Garageiros, Fim da Linha

Garageiros: Fim da linha
Fórum Tabelando, 26/11/2006 - 21:32

Pois é, chego a minha 1ª coluna no fórum falando de um assunto delicado: O fim dos garageiros na F-1.

Mas afinal, o que é um garageiro? Garageiro é, basicamente, um termo que se aplica a uma equipe que têm o nome de seu dono nela e sobrevive sem o apoio de uma montadora. Desta espécie, só sobrou a Williams, que não está como estava no passado (Para a próxima temporada, correrá com motores Toyota e terá como pilotos titulares Alex Wurz e Nico Rosberg e como test-drivers Narain Kartikeyran e Kazuki Nakajima, filho de Satoru Nakajima).

Mas o que levou os garageiros ao seu fim? Primeiro foi o interesse voraz das montadoras na F-1. Basta ver que quase todas as equipes do grid são montadoras (Renault, Ferrari, Toyota, Honda, BMW, Spyker (Fabricantes de carro de luxo)), têm o forte apoio de uma montadora (McLaren-Mercerdes, Super Aguri-Honda) ou são exceções (Red Bull e Toro Rosso, ambas da Red Bull, marca líder de energéticos). Para não terem de pagar a taxa de inscrição (Falaremos dela mais para frente), eles compram uma equipe garageira. Sir Frank Williams têm conseguido se virar bem: Para o ano que vem, fechou um acordo muito bom de patrocínio com a AT&T.

Outro foi a criação da taxa de inscrição da FIA: US$ 48 milhões. É uma taxa absurdamente alta para uma equipe que queria entrar na F-1. Ela existe desde o caso Lola-97, na qual ela só teve dinheiro para 1 corrida. Muitos dizem que é para conter a entrada de equipes na F-1. Agora, me pergunto: E que mal têm em ter mais carros do que vagas no grid? Que se façam as pré-qualificações de novo. Daria um atrativo a mais para os sábados. Até o ano passado, tinhamos 4 equipes garageiras: Williams, Sauber, Jordan e Minardi. A Sauber foi comprada por uma montadora. A Minardi pela Red Bull. A Jordan por um grupo de investidores russos, que depois a venderam para a Spyker, outra montadora. A F-1 das Brabhams, Lotus, Marchs, Tyrells, Saubers, Minardis, etc. está saíndo e dificilmente voltará.

Bem vindos!

Bem vindos a (mais um) blog criado.

Esse blog falará um pouco de tudo, se possível.

As primeiras postagens serão do acervo de colunas criadas por mim para um fórum (Tabelando).