domingo, 10 de abril de 2011

Notas: Grande Prêmio da Malásia de F1

- Sebastian Vettel está absolutamente imparável. O título de campeão lhe deu uma autoconfiaça que ele está conseguindo ganhar as corridas sem correr riscos ou erros, como ocorria. Muito bom, Vettel.

- Meu piloto TOP underrated favorito Jenson Button mostrou que ainda não é tempo de descarta-lo: Ótimo segundo lugar para a grata surpresa que está sendo a McLaren. A capacidade dele de poupar pneus pode render a ele algumas voltas a mais com os compostos de papel machê da Pirelli, o que vai ser importante ao decorrer do campeonato, se a McLaren mantiver o passo.

- Nick Heidfeld mostrou que o imediatismo leva a #EpicFails constantes: Chegou a ser segundo, manteve um bom ritmo e conseguiu o segundo pódio seguido da Renault. Heidfeld é um ótimo exemplo do "falso lento" e ainda conseguiu segurar Mark Webber com pneus em melhor estado.

- Dos demais, cito Felipe Massa em sua melhor forma desde o GP da Alemanha do ano passado: Manteve um ritmo constante mesmo com a trapalhada ferrarista nos boxes e NUNCA foi ameaçado realmente pelo Alonso na corrida. Se manter essa forma e a Ferrari não intervir (O que acho díficil), Massa vai fazer Alonso se descabelar.

- Ah sim, Kamui Kobayashi é o melhor piloto japonês que pilotou um carro de Fórmula 1: Incrível como sabe usar o arrojo sem ser estabanado e sabe usar o bom carro da Sauber para conseguir importantes pontos.

- E a Hispania não é séria.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Anatomia de fritura: Scott Speed

E não é que ainda sei o login daqui? Vamos ver se dessa vez eu consigo manter o blog.

Saiu esses dias que o Scott Speed, antiga grande promessa norte-americana da F1, vai processar a Red Bull por quebra de contrato. O mesmo que foi dispensado da Toro Rosso (Red Bull B) com um soco nas costas do Franz Tost.

A bem da verdade, a Red Bull no automobilismo parece ter um dom especial para queimar pilotos: Christian Klien, Vitantonio Liuzzi, Scott Speed, Sebastién Bourdais foram os que mais sofreram com eles. Sem contar os talentos renegados: Enrique Bernoldi e Robert Doornbos, sem contar outros.

Speed foi escolhido num programa por todos os EUA para achar "o próximo campeão de F1 norte-americano", que tinha como um dos "jurados" o ex-campeão da Indy Danny Sullivan. Ele foi o ÚNICO selecionado desse programa, encerrado em 2005. Depois de uma campanha boa nas categorias de base, foi selecionado para formar com Liuzzi a primeira dupla da STR em 2006.

E ali foi ele, recuperado de uma raríssima infecção intestinal (Citada na F1 Racing), Speed fez um trabalho bem regular na STR. Batendo as vezes Liuzzi nas corridas, embora o italiano tenha marcado o ponto do time.

Porém, saiu 2006, entrou um 2007 muito problemático: Quando não era o carro que comprometia, era ele. E seguindo a filosofia da Toro Rosso (Bem exemplicada pelo Verde no ótimo blog dele) de que a culpa é sempre do piloto, Speed foi dispensado e entrou o hoje campeão Sebastian Vettel. Fritado pela primeira vez.

Só que a Red Bull tinha seu próprio time de Nascar, que deixava de ser uma categoria típica dos rednecks do sudeste dos EUA pra ser considerada uma categoria cool e que pagava bem. O êxodo de pilotos de monopostos para os stock cars foi sem precedentes: Juan Pablo Montoya, A.J. Allmendinger, Dario Franchitti, Sam Hornish Jr., ele próprio, Patrick Carpentier. Todos eles anunciaram a ida para a Nascar ou foram mesmo em 2007.

Speed começou de baixo: Fazia um calendário que misturava a Arca (Categoria independente da Nascar, mas muito usada para preparar pilotos para ela) e a Truck Series (Que são na verdade o que conhecemos no Brasil por pick-ups). Porém, no fim de 2008, Allmendinger foi dispensado da Red Bull e aí eles tiveram uma ideia brilhante: "Porque não promovemos o Scott direto pra Sprint Cup?".

Speed tinha tendo resultados excelentes na Arca e muito bons na Truck. Porém, ao promoverem, cometeram um erro básico: Speed ainda precisava de, no mínimo, mais 1 ano na Nationwide Series (Segunda categoria, onde promessas acabam se degladiando com pilotos consagrados da Sprint Cup). Com isso, foi-se o que foi: Speed tinha dificuldades em classificar o carro e mantê-lo no "TOP 35" dos carros (Nota: Na Nascar, existe um campeonato de carros aonde os 35 melhores carros tem vaga automática. A Stock Car tentou copiar isso, só que causou uma polêmica porque a lista era imutável).

Para piorar isso, o companheiro de time Brian Vickers conseguiu levar o carro para os playoffs (Ou Chase For The Sprint Cup) da categoria. Logo, começa-se a pergunta: Como o mesmo time tem 2 pilotos com desempenhos tão descrepantes? 2010 começou para Speed com a corda no pescoço. E 2010 foi ... tão metrefaque ou até pior que 2009: Nenhuma posição final de Speed apresentou 1 dígito só. Sua melhor posição foram 2 déicmos em Atlanta e Daytona. E agora que a Red Bull fez um negócio (sabe-se-lá-como) como a poderosa Hendrick para abrigar Kasey Kahne por 1 ano até abrir uma vaga na própria para ele, Speed se viu numa sinuca de bico e acabou dispensado.

Por mais que a Red Bull tenha alguma razão em demitir o Speed por resultados, ela própria deveria saber que contribuiu (e muito) para a situação dele. E Speed, que tinha potencial, virou mais uma das 4214231312! promessas que não viraram realidade.

sábado, 14 de novembro de 2009

Pilotos que deviam estar empregados: Bruno Junqueira

Fim de ano, praticamente todo o automobilismo está de férias de corridas, porém nos bastidores a movimentação é intensa. Nessa fase, várias especulações aparecem de pilotos indo pra lá, ali, etc. E, nessa roda, é capaz de vários bons pilotos fiquem sem emprego. Vamos começar por um brasileiro lá de Minas: Bruno Junqueira.

Junqueira foi um dos vários brasileiros que começou a carreira tendo como objetivo a F-1, mas acabou rumando aos Estados Unidos. Seu melhor resultado na Europa foi um título da antiga F-3000 Internacional em 2000 e um teste com a equipe Williams (Bancado pela Petrobrás, estatal que fornecia o combustível ao time de Grove).

Porém, após ver que não teria a tão sonhada chance, acertou com o poderoso time de Chip Ganassi e rumou a Fórmula CART (Na época, chamada de Fórmula Mundial no Brasil). A categoria vivia o auge, mas começava a ruir por problemas de bastidores (O grande marco foi a patética Firestone Firehawk 600 presented by Pioneer, na qual é citada nos arquivos do blog). Para um rookie em quesito CART, Bruno conseguiu uma vitória justamente no circuito mais desafiador: Elkart Lake. Neste mesmo ano, Junqueira conseguiu um quinto lugar na Indy 500.

Em 2002, Bruno tinha tudo para ser chamado de "o segundo": Seu team-mate seria o vice-campeão de 2001, o sueco Kenny Brack. Para surpresa geral, Bruno "eclipsou" Brack e terminou o ano como vice e com vitórias em Dover e Motegi. Bruno também foi pole da Indy 500.

2003 e 2004 foram anos repetitivos para Junqueira: Eclipsado por Bourdais na Newman Haas, ensaiava uma recuperação no fim, mas Bourdais, seu próprio companheiro de equipe, ganhava dele.

Em 2005, tudo parecia certo: Derrotou Bourdais em Long Beach, venceu em Monterrey ... mas o braço-duro de A.J. Foyt IV o jogou no muro da curva 2, o fez ter uma séria lesão, que o tirou do campeonato e suas chances de título.

2006 foi, para Junqueira, "a treva": Não lembrou em nada o piloto dos anos anteriores, provavelmente recuperando o ritmo de prova. O melhor resultado dele foi um segundo lugar em Cleveland. Acabou dispensado da Newman Haas em favor de Graham Rahal.

2007 conseguiu seu emprego na bacia das almas: A Dale Coyne preferiu ele aos dólares canadenses de Andrew Ranger e recompensou o time de Plainfield: Manteve resultados constantes, que se transformaram em 3 pódios seguidos na mesma temporada: Zolder (Segundo), Assen e Surfer's (Terceiro)

Pego de surpresa pela unificação em 2008, viu o time capaz de brigar por pódios virar, novamente, um time de rabeira: O melhor resultado dele foi um sexto lugar em Watkins Glen.

Sem emprego para 2009, aceitou correr a Indy 500 pela Conquest: Em um dia, classificou um carro que Alex Tagliani levou 1 mês para não conseguir. Porém, devido a pressão dos patrocinadores, Junqueira foi literamente sacado do carro para entrar Tagliani.

Categoria forte: IRL
Times que podiam o contratar: HVM, N/H/L, Vision, Dreyer & Reinbold.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Daytona 500 - O que se pode esperar

Chevy começou o ano bem, fazendo a 1ª fila e ainda o vencedor do Gatorade Duels #1, com Jeff Gordon (Que ainda busca acabar seu jejum de vitórias em provas que valem pontos). Ao lado dele vai largar um Kyle Busch sedento para mostrar que amadureceu após o decepcionante Chase de 2008.

Pode-se esperar apenas uma prova imprevisível, cheia de surpresas: Ano passado, ninguém apostava um tostão em Ryan Newman quando a grande sensação era o motor de Superspeedways da Toyota. E no fim, se usando do jogo de equipe, Ryan Newman venceu a "Grande Corrida Americana". (Mas que dê de preferência algum piloto que usa Chevrolet).

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Os campeões de 2008

Fórmula 1: Lewis Hamilton (ING) - No título mais disputado da década, Hamilton foi campeão após perder o título ao deixar Vettel passar. Massa também mereceu o título pela impressionante recuperação, mas Hamilton também fez por merecer.

IRL: Scott Dixon (NZL) - Desempenho avassalador de Dixon na temporada. Ele só sofreu um pouco no fim, quando alguns resultados ruins permitiram ao brasileiro Hélio Castroneves (Que fez em Chicagoland a melhor recuperação de um piloto na IRL, ao ganhar largando de último) chegar perto. Mas Dixon soube usar seu talento e o equipamento da Ganassi para ganhar.

NASCAR Sprint Cup: Jimmie Johnson (EUA) - 1º tri-campeão seguido desde Cale Yarborough: O piloto do #48 Chevrolet Impala SS mostrou que o Chase for the Cup (Playoffs da Nascar usados para estender ao máximo a disputa pelo título) é pura estratégia. E ele soube usar 3 vezes seguidas a melhor estratégia para ganhar.

MotoGP: Valentino Rossi (ITA) - A confirmação do mito: Campeão pela 8ª vez na MotoGP, Rossi calou a boca de seus críticos, que o chamavam de decadente e que tinha sucumbido a jovem estrela Casey Stoner (AUS). Rossi provou que fez certo ao exigir usar pneus Bridgestone, em detrimento dos Michelin (Mesmo caminho usado pelo espanhol Dani Pedrosa).

WTCC: Yvan Muller (FRA) - Pela 1ª vez, o WTCC conheceu um novo campeão: Depois de 3 anos de domínio do inglês Andy Prialux e da BMW, o francês, contando com o inovador Seat León TDi (Movido a diesel), depôs o antigo rei (Créditos ao Rodrigo Mattar pela expressão) e abriu uma nova era no WTCC.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

F-1 na reta final

Após mais um maluco GP de F1, aonde Fernando Alonso conseguiu uma (até meses atrás), inimaginável seqüência de 2 vitórias seguidas (Cingapura e Japão), o campeonato entrará em sua reta final com os GPs da China e Brasil. Para isso, basta avaliar o desempenho de Hamilton e Massa nos circuitos derradeiros:

Em Shanghai, Massa disputou 4 vezes e chegou 3 vezes na zona de pontos (8º em 2004, 6º em 2005 e 3º em 2007) e abandonou 1 vez (2006, num choque com David Coulthard). Hamilton só disputou 1 vez, fazendo 1 pole e não completando por conseguir parar na caixa de brita da entrada dos boxes. É díficil apontar um favorito, ainda mais pela instabilidade emocional dos 2, mas aposto em Massa.

Em Interlagos, favoritismo total para Massa: Apesar de ter terminado 2 vezes fora dos pontos (2002 quando bateu com Mark Webber e 2005), Massa sempre teve atuações consistentes em seu "quintal": 2004 ele foi 4º, chegou a liderar, mas terminou em 8º. 2006 ele dominou o GP de despedida de Michael Schumacher e em 2007 ele estava liderando quando ajudou Kimi a ser campeão. Hamilton tem apenas um 3º lugar e uma prova marcada por dois erros crassos e uma estratégia equivocada da McLaren em 2007, o que o relegou a um 7º lugar.

Se formos depender apenas do retrospecto, Massa leva vantagem. Mas é preciso contar que Hamilton pode reverter isso ou jogar tudo fora (de novo), que a Ferrari ou McLaren podem errar, que a FIA pode intervir na situação ... Vejamos o que ocorre.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Stewart-Haas: O que se deve esperar?



O assunto já tá um pouco requentado, mas foi no período de "pausa forçada" do blog: Tony Stewart, a partir da próxima temporada, será seu próprio chefe: Ele "recebeu" 50% da Hass-CNC Racing (Recebeu porque não teve de pagar) a partir de 2009. Desde o começo do ano, se especulava que Tony Stewart voltaria a ser um dos integrantes do Team Chevy (Nesse ano, seu time, a Joe Gibbs, mudou para a Toyota). Foi especulada ida ao #5 da Hendrick (Esse carro ocupado por Mark Martin em 2009), o 4º carro da Richard Childress (Sem piloto definido), mas acabou por ir para o time fundado por Gene Haas (Atualmente preso por sonegação de impostos). Segundo o próprio, ele está garantido seu futuro assim que pendurar o capacete. Ele apenas lamenta que seu crew chief Greg Zipadelli preferiu ficar (Zippy foi o único crew chief de Stewart desde que ele foi a Nascar). Com a ida de Stewart, o #20 da Joe Gibbs muito provavelmente ficará com Joey Logano, o qual muitos apontam como o futuro gênio da Nascar. Ryan Newman, que já fechou um acordo verbal com Tony Stewart, deverá ser o 2º piloto da Stewart-Haas.

O que acho? Todos têm a ganhar: Stewart finalmente se sentirá "em casa" e, com motores preparados pela gigante Hendrick, têm tudo para brigar pelo Chase. Ryan Newman, se motivado, deve ser outro que brigará sim por um spot no Chase. E Joey Logano poderá confirmar se será tudo ou mais do que falam ou virará outro Casey Atwood.